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Cinema e Psicanálise Vol. 3: Filmes que Curam - 2ª ED.

Cinema e Psicanálise Vol. 3: Filmes que Curam - 2ª ED.

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Em um encontro que pensa a relação entre psicanálise e cinema, cumpre reafirmar a arte como abertura necessária na compreensão de nossa clínica e escuta psicanalítica. O cinema e o sonho, o imagético como constituinte do processo simbólico, enraizamento do simbólico no não simbólico, eis questões que um mergulho nessa temática desperta e intensifica.” Mirian Chnaiderman, doutora pela ECA/USP.

 

O diálogo entre cinema e psicanálise possui incontáveis possibilidades. Em um mútuo enriquecer, é notável a liberdade com que aqui, neste volume, “Filmes que Curam”, se vão enfrentando diferentes alternativas. Para não falarmos do campo mais específico de um trânsito de noções e conceitos das duas áreas, necessário e esclarecedor ao trabalho crítico, ocorre-nos que a prática da análise fílmica já guardaria, por si mesma, algo de inextricavelmente próximo daquilo que se experimenta na análise psicanalítica. De modo análogo, podemos pensar na sessão de psicanálise como não tão diferente de uma sessão de cinema. Assemelham-se enfim, malgrado toda diferença cabível, as práticas daquele que se põe a ler um filme e daquele que se põe a escutar um sujeito.

Decifrar por exemplo a crônica ou a tragédia em Nelson Rodrigues continua sendo um renovado desafio – porventura tanto maior, se atualizado sensorialmente pela imersão de um Jabor de um Neville. Encarar as dificuldades que tantos personagens infantis vivem em um mundo como o nosso, tão precário de utopias – não implicaria de algum modo cogitarmos também o porvir problemático de cada um de nós? Esse mesmo mundo que nos atropela e traumatiza, tão presente nesta coleção de Dunker e Rodrigues, passou nas telas contemporâneas a ter sua violência configurada em espetáculo diversificado...Urge, portanto, falar dos “Filmes que Curam”, assim como dos problemas concretos que nos afetam. Com toda a diferença entre filme e sujeito, ler e escutar, o certo é que estamos todos implicados nas possibilidades fálicas da violência da tela, ou do mundo, fadados a providenciar as necessárias suturas para um incerto devir.

 

Rubens Machado, professor livre docente em história e crítica USP

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